Desafio duplo em alta velocidade no Sul-Americano sobre Rodas neste domingo.

No encerramento do 1º Campeonato Sul-Americano de Esportes Sobre Rodas, acontece a prova de patinação de velocidade no Autódromo de Villicum, em San Juan, Argentina. A altimetria de prova e o frio congelante prometem testar os limites dos atletas brasileiros.

O Campeonato Sul-Americano de Esportes Sobre Rodas é realizado pela Confederação Sul-americana de Patinagem. Nesta primeira edição, participaram mais de 4.000 atletas em 13 arenas, de 8 esportes sobre rodas e 15 modalidades de competições de diversos esportes sobre rodas, como patinação artística, skate, hóquei, downhill entre outros.
Mas seguramente uma das modalidades mais exigentes sobre os patins é a patinação de velocidade. Atletas de diversas idades, sem qualquer forma de ajuda externa, desenvolvem velocidades de quase 60 km/h em pistas especiais, chamadas de patinódromos, ou no asfalto de rua.
Assim como acontece nas olimpíadas, a maratona, prova de 42km, será a última prova do cronograma deste Campeonato Sul-Americano. E nesta prova teremos dois grupos de brasileiros muito preparados para trazer para casa o tão esperado ouro na modalidade.
De um lado a Seleção Brasileira, com atletas selecionados em provas altamente competitivas e que já terão participado de diversas provas de pista, nos dias que antecedem a maratona. De outro lado, o coletivo Brasil Speed Force, uma união de atletas especializados em provas de rua de longa distância e que se registraram neste Sul-Americano como um clube, algo permitido por regulamento.
“O Brasil chega com uma delegação de respeito” é o que afirma o patinador João Scarpin, membro do comitê técnico da patinação de velocidade no Brasil e presidente da Federação Catarinense de Hóquei e Patinação. “É a primeira vez que o Brasil chega com um time principal de peso e um clube de especialistas focados em prova de fundo. Será interessante ver o resultado disso”.

Altimetria e frio prometem desafiar as habilidades dos brasileiros.

San Juan está situado à oeste do território argentino, quase na Cordilheira dos Andes e próximo a Mendoza. O frio intenso e o clima seco irão exigir de nossos atletas uma condição especial de superação. “É algo que não estamos acostumados. Aqui até temos frio, especialmente para quem é do sul, já está acostumado. Mas clima desértico exigirá atenção na hidratação” destaca João Scarpin.
A prova da maratona ocorre no Autódromo de Villicum, famoso por seus desníveis e curvas de alta velocidade. “Vamos realizar 10 voltas no percurso. Vai ser um sobe e desce danado. A altimetria da prova vai ser interessante” completa João Scarpin.